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Mulheres atendidas por médicas têm menor risco de morte, diz estudo

Por Portal Do Holanda

01/05/2024 11h40 — em
Saúde e Bem-estar


Foto: Reprodução Pexels

Um estudo realizado com 700 mil pacientes do Medicare, com 65 anos ou mais, hospitalizados entre 2016 e 2019 e tratados por médicos hospitalistas, constatou que tanto pacientes do sexo feminino quanto do masculino apresentaram taxas reduzidas de mortalidade e readmissão quando atendidos por médicas.

A pesquisa, conduzida por cientistas de instituições dos EUA e do Japão, revelou que o benefício de receber cuidados de uma médica foi mais pronunciado para pacientes do sexo feminino do que para pacientes do sexo masculino. 

Embora as diferenças na mortalidade e na readmissão entre médicas e médicos para pacientes do sexo feminino tenham sido modestas, elas têm implicações significativas, representando 1 morte a cada 417 hospitalizações do Medicare e 1 readmissão a cada 208 hospitalizações.

Fabio Fernandes Neves, superintendente do Hospital Universitário da UFSCar e especialista em Gestão Hospitalar e Sistemas de Saúde, destaca que, apesar da discrepância pequena, os resultados têm relevância clínica, especialmente considerando o impacto individual.

O estudo também evidencia diferenças de gênero nos padrões relatados de dor e sintomas, com profissionais de saúde, principalmente do sexo masculino, tendendo a subestimar esses sintomas em mulheres. Essa subvalorização pode resultar em atrasos ou cuidados inadequados, afetando negativamente os resultados das pacientes.

Neves ressalta que as médicas demonstram habilidades superiores de comunicação e empatia, o que pode melhorar a compreensão dos pacientes e sua adesão ao tratamento. Além disso, o desconforto de exames médicos em pacientes mulheres pode ser minimizado com a presença de médicas.

Observou-se também um risco maior de recaída com readmissão hospitalar para mulheres tratadas por homens em comparação com aquelas tratadas por médicas.

Apesar das limitações do estudo, como sua focalização em pacientes mais velhos e no contexto específico dos EUA, os resultados indicam a necessidade de investigações adicionais para compreender melhor essa diferença e sua aplicabilidade em diferentes contextos e populações.


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